Corporeal Consciousness: The Tattoo as Lived Temporality

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37467/revmedica.v11.5019

Palavras-chave:

experiência vivida, corpo/consciência, mapeamento biográfico

Resumo

Nossa intenção, com este artigo, é apresentar alguns dos principais fundamentos acerca da noção sartriana da consciência corpórea. Em Sartre, não há um corpo substancial, ou ainda, uma espécie de depositário da consciência, corpo/consciência são duas instâncias correlatas, em outros termos, “uma só”. Assim, o corpo é condição temporal e concreta essencial para a práxis humana. Ao tatuá-lo, há uma pele que se revela desenhada, colorida, sombreada. Podemos dizer que a experiência do corpo tatuado pode ser compreendida por meio das três dimensões ontológicas propostas por Sartre: (1) o corpo para-mim, aquele sujeito cuja experimentação é de ter o corpo tatuado; (2) o corpo como ser-objeto, dá-se quando este corpo tatuado é captado pelo olhar do outro; (3) o corpo-Para-outro e o corpo-Para-si, mediado pelo olhar do outro, ou seja, o corpo tatuado como condição de existência em-si a partir de como é conhecido pelo olhar do outro.

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Publicado

2023-11-21

Como Citar

Bocca, M. C., De Oliveira, C. S. G. L., Da Silva, C. A. de F., Pôncio, F. M. ., & Grelak, Q. C. P. . (2023). Corporeal Consciousness: The Tattoo as Lived Temporality . MEDICA REVIEW. International Medical Humanities Review / Revista Internacional De Humanidades Médicas, 11(1), 25–33. https://doi.org/10.37467/revmedica.v11.5019

Edição

Seção

Artigos de pesquisa (monográfico)