Da cicatriz ao rastro: parir para contar

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.37467/gka-revmedica.v9.2705

Palabras clave:

narrativas, relatos de parto, cicatriz, Ulisses, cesárea

Resumen

Esta é uma reflexão a respeito das condições de transmissão de narrativas sobre o nascimento. Nos relatos, seguimos o rastro da cicatriz da cesárea, tendo por chave de leitura o texto de Jeanne Marie Gagnebin, “O rastro e a cicatriz: metáforas da memória” (2002). Sob a ótica da teoria da narração de Walter Benjamin, Gagnebin vale-se da história da cicatriz de Ulisses para demonstrar uma tradição que se perpetuava. Pergunta- se que paralelo se pode traçar entre as duas cicatrizes à luz de relatos de parto, nos quais são encontradas plenitude e trauma, perda e recuperação da capacidade de narrar.

Biografía del autor/a

Luciana Carvalho Fonseca, Universidade de São Paulo

Professora doutora do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo.

 

Sérgio Eduardo Carvalho Fonseca, Universidad de La República

Mestre em Filosofia pela Pontífica Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) e pós-graduando em filosofia na Universidad de La República, Uruguai.

Citas

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Publicado

2021-06-08

Cómo citar

Carvalho Fonseca, L., & Carvalho Fonseca, S. E. (2021). Da cicatriz ao rastro: parir para contar. MEDICA REVIEW. International Medical Humanities Review / Revista Internacional De Humanidades Médicas, 9(1), 29–37. https://doi.org/10.37467/gka-revmedica.v9.2705

Número

Sección

Artículos de Medicina Narrativa