O problema mente-cérebro como um falso problema

Autores/as

  • Alexandre Quaresma Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP)

DOI:

https://doi.org/10.37467/gkarevhuman.v10.3002

Palabras clave:

Bioevolução, cérebro, mente, cognição, inteligência artificial (IA), sistemas determinísticos, cognitivismo ortodoxo, filosofia crítica da tecnologia

Resumen

O cognitivismo ortodoxo enxerga a biologia e a bioevolução como fenômenos totalmente desprezíveis e irrelevantes em relação ao mecanicismo e o determinismo funcionalista que utiliza como premissa e ferramenta lógica para tentar compreender a realidade biológica. Nosso objetivo nesse artigo é chamar a atenção para o fato de que não há nenhum indício confiável que possa embasar este tipo de visão mecanicista. Como poderia a parte equivaler ao todo, o conteúdo ao continente, um resíduo da operação vital à própria operação? Em suma, o problema mente-cérebro que o cognitivismo cria para si – como pretendemos demonstrar – é na verdade um falso problema.

Citas

Barbieri, M. (2012). Organic codes and the natural history of mind. In Swan, L. (org.), Origins of mind, 8, biosemiotics (pp. 21-52). Springer Science+Business Media. DOI: https://doi.org/10.1007/978-94-007-5419-5_2

Bergson, H. (1979). A evolução criadora. Zahar Editores.

Cabrera, M. (2019). Del racionalismo a la ciencia cognitiva: la ciencia que humaniza al hombre. HUMAN REVIEW. Revista Internacional de Humanidades, 7(2), 45-50. https://doi.org/10.37467/gka-revhuman.v7.1971 DOI: https://doi.org/10.37467/gka-revhuman.v7.1971

Changeux, J. (1992). Jean-Pierre Changeux, “o homem dos neurônios”. In Pessis-Pasternak, G. (org.), Do caos à inteligência artificial: quando os cientistas se interrogam (pp. 153-164). Editora UNESP.

Changeux, J. e Connes, A. (1995). Matéria e pensamento. Editora UNESP.

Childe, G. (1978). A evolução cultural do homem. Zahar.

Dalgalarrondo, P. (2011). Evolução do cérebro: sistema nervoso, psicologia e psicopatologia sob a perspectiva evolucionista. Artmed.

Damásio, A. (2018). A estranha ordem das coisas: as origens biológicas dos sentimentos e da cultura. Companhia das Letras.

Dawkins, R. (2009). O gene egoísta. Companhia das Letras.

Dewey, J. (1974). Experiência e natureza. (Coleção Os pensadores). Abril Cultural.

Foley, R. (2003). Os humanos antes da humanidade: uma perspectiva evolucionista. UNESP.

Galimberti, U. (2006). Psiche e techne: o homem na idade da técnica. Paulus.

Gardner, H. (1995). A nova ciência da mente. EDUSP.

Godfrey-smith, P. (2019). Outras mentes: o polvo e a origem da consciência. Todavia.

González Quirós, J. L., & Díaz Pardo de Vera, D. (2021). Theory of Mind: From Artificial Intelligence to Hybrid Intelligence. TECHNO REVIEW. International Technology, Science and Society Review, 9(2), pp. 103-119. https://doi.org/10.37467/gka-revtechno.v9.2816 DOI: https://doi.org/10.37467/gka-revtechno.v9.2816

Harari, Y. N. (2016a). De animales a dioses. Debate.

Harari, Y. N. (2016b). Homo Deus: uma breve história do amanhã. Companhia das Letras. DOI: https://doi.org/10.17104/9783406704024

Henning, B. (2013). Of termites and men: on the ontology of collective individuals. In Henning, B., & Scarfe, A. (orgs.), Beyond mechanism: putting life back into Biology (pp. 233-251). Lexington Books.

Lorenz, K. (1995). Os fundamentos da etologia. EDUSP.

Maturana, H. y Varela, F. (2003). De máquinas y seres vivos: autopoiesis: la organización de lo vivo. Lumen.

Merleau-Ponty, M. (2018). Fenomenologia da percepção. Martins Fontes. DOI: https://doi.org/10.31338/uw.9788323533627.pp.59-66

Mithen, S. (2002). A pré-história da mente: uma busca das origens da arte, da religião e da ciência. Editora UNESP.

Morin, E. (1992). Edgar Morin, contrabandista dos saberes. In Pessis-pasternak, G. (org.), Do caos à inteligência artificial: quando os cientistas se interrogam (pp. 83-94). Editora UNESP.

Morin, E. (1996). Complexidade e liberdade. In Morin, E., Prigogine, I. et al. (orgs.), A sociedade em busca de valores: para fugir à alternativa entre o cepticismo e o dogmatismo. Instituto Piaget.

Morin, E. (2001). O método 2: a vida da vida. Sulina/Meridional.

Morris, D. (2004). O macaco nu: um estudo do animal humanoRecord.

Quaresma, A. (2020). Inteligência artificial e bioevolução: Ensaio epistemológico sobre organismos e máquinas [Dissertação de mestrado pelo programa de pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP)]

Quaresma, A. (2021). Inteligência artificial fraca e força bruta computacional. TECHNO REVIEW. Revista Internacional de Tecnologia, Ciência e Sociedade, 10(1), pp. 67-78. https://doi.org/10.37467/gka-revtechno.v10.2815 DOI: https://doi.org/10.37467/gka-revtechno.v10.2815

Ravoux, J. (2000). A unidade das ciências: explicar a natureza e compreender o homem. Instituto Piaget.

Searle, J. (1998). O mistério da consciência. Paz e terra

Searle, J. (2002). Intencionalidade. Martins Fontes.

Searle, J. (2006). A redescoberta da mente. Martins Fontes.

Searle, J. (2010). Consciência e linguagem. WMF/Martins Fontes.

Searle, J. (2017). Mente, cérebro e ciência. Edições 70.

Shubin, N. (2008). A história de quando éramos peixes: uma revolucionária teoria sobre a origem do corpo humano. Campus/Elsevier.

Sterelny, K. (2010). Minds: extended or scaffolded?. Phenomenology and Cognitive Sciences, 9(4), 465-481. DOI: https://doi.org/10.1007/s11097-010-9174-y

Varela, F. (2017). Conhecer: as ciências cognitivas, tendências e perspectivas. Instituto Piaget.

Varela, F., Thompson, E. e Rosch, E. (1991). A mente corpórea: ciência cognitiva e experiência humana. Instituto Piaget.

Wheeler, M. (2005). Reconstructing the cognitive world: the next step. MIT Press. DOI: https://doi.org/10.7551/mitpress/5824.001.0001

Whitehead, A. N. (2009). O conceito de natureza. Martins Fontes.

Publicado

2021-10-20

Cómo citar

Quaresma, A. (2021). O problema mente-cérebro como um falso problema. HUMAN REVIEW. International Humanities Review / Revista Internacional De Humanidades, 10(1), pp. 61–85. https://doi.org/10.37467/gkarevhuman.v10.3002

Número

Sección

Artículos de investigación