A relevância do dossiê arquivístico em edições digitais de documentos de acervos de escritores
DOI:
https://doi.org/10.37467/gkarevdig.v2.778Resumo
Nos acervos de escritores encontram-se diversos tipos de documentos (manuscritos, rascunhos, livros, fotografias, cartas, postais etc.) que se relacionam entre si, constituindo uma teia de significados relevantes para o entendimento das obras. Nas edições impressas convencionais dificilmente consegue-se manter as ligações entre o texto editado e a variedade de paratextos existentes nos acervos. As edições digitais permitem estabelecer ligações dinâmicas entre o texto editado e os documentos, potencializando o sentido da obra. Nesse artigo, apresentam-se os percursos teórico-metodológicos emprega-dos na constituição do dossiê arquivístico da edição digital dos panfletos de Eulálio Motta, destacando a relevância desse novo modelo de edição para elucidar os códigos linguísticos, contextuais e bibliográficos dos textos. A pesquisa inscreve-se na área da Filologia Textual e da Memória Literária.Referências
Artièrs, P. (1998). Arquivar a própria vida. Estudos Históricos, 11 (21), pp. 9-34.
Barreiros, P. N. (2012). Sonetos de Eulálio Motta. Feira de Santana: UEFS Editora.
Bordini, M. da G. (2001). Memória literária e novas tecnologias. Cadernos do Centro de Pesquisas Literárias da PUCRS , 7 (2).
— (2009). Os acervos de escritores sulinos e a memória literária. Patrimônio e Memória, 4 (2), pp. 43-62.
Burke, P. (Org.). (1992). A escrita da História: novas perspectivas (trad. Magda Lopes). São Paulo: UNESP.
Calil, G. G. (2001). O integralismo no pós-guerra: a formação do PRP (1945-1950). Porto Alegre: EDIPUCRS.
Finneran, R. J. (Org.). (1996). The literary text in the digital age. Estados Unidos: University of Michigan.
Fraiz, P. 1998. A dimensão autobiográfica dos arquivos pessoais: o arquivo de Gustavo Capanema Estudos Históricos, 11 (21), pp. 59-87.
Gomes, A. de C. (Org.). (2004). Escrita de si, escrita da história . Rio de Janeiro: FGV.
Heymann, L. Q. (2005, agosto). De “arquivo pessoal” a “patrimônio nacional”: reflexões acerca da produção de “legados”. Trabalho apresentado no I Seminário PRONEX. Direitos e Cidadania CPDOC/FGV. Disponível em: http://www.cpdoc.fgv.br/Producao_intelectual/htm/tp_download.htm. Acesso em: 03 jan. 2011.
Landow, G. P. (2009). Hipertexto 3.0, teoria crítica y nuevos médios en la era de la globalización (trad. Antonio José Antón Fernández). Barcelona: Paidós Ibérica.
Lucía Megías, J. M. 2010. Reflexiones en torno a las plataformas de edición digital: el ejemplo de la Celestina. Em D. Poalini (Coord.), De ninguna cosa es alegre posesión sin compañía, estudios celestinescos y medievales en honor del profesor Joseph Thomas Snow. Tomo I (pp. 226-251). New York: Seminário Hispánico de Estudios Medievales.
McGann, J. (1997). The rationale of hypertext. Em K. Sutherland, Electronic text, investigations in method and theory (pp. 19-46). Oxford: Clarendon Press.
Motta, E. de M. (1942). Evocações, Eureka. Mundo Novo: Avante.
— (1949). Natal (Panfleto).
— (1949). O que importa (Panfleto).
— EA2.5.CV1.05.001. Caderno diário de um João Ninguém II.
Shillingsburg, P. L. (2004). Scholarly editing in the computer age: theory and practice. Michigan: University Michigan.
Zilberman, R. (2009). Autores entre o testemunho e o arquivo. Patrimônio e Memória, 4 (2), pp. 82-107.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Os autores/as terão os direitos morais do trabalho e cederão para a revista os direitos comerciais. O autor só poderá submeter para o seu site pessoal ou repositório institucional da sua universidade ou centro de pesquisa a versão do autor (direito moral do autor), mas não a versão do editor (copyright, direito comercial da editora). Veja uma explicação dos conceitos versão do autor e versão do editor aqui.
- Dois anos após a sua publicação, a versão do editor estará em acesso aberto no site da editora, mas a revista manterá o copyright da obra. Isso significa que a versão do editor será acessível, para todos e para sempre, no site da editora, mas não poderá ser publicada em nenhum outro site. Qualquer pessoa que queira ler ou baixar a versão do editor deverá visitar o site da revista. Se quiser referir-se à versão do autor em sua página web pessoal ou no repositório institucional ou temático, você poderá colocar um link para a versão de editor hospedada no nosso site.
- No caso dos autores desejarem obter a versão do editor (VdE), a fim de fazer circular a obra livremente na Internet (subir a VdE para o seu site pessoal ou repositório institucional, por exemplo) poderão fazê-lo sob a condição de pagar uma taxa de 95€. Neste caso, a editora cederá aos autores os direitos sobre a VdE de forma definitiva e asignará uma licença aberta Creative Commons (CC) ao trabalho que permitirá seu livre fluxo on-line de forma que ninguém poderá apropriar-se dela. Os autores podem escolher o tipo de licença CC que preferirem, mas devem estar cientes da importancia da decisão. Lembre-se que estamos a disposição para oferecer aconselhamento gratuito e ajudá-lo a escolher com segurança a opção que melhor se adapte ao seu caso particular.